sábado, 25 de setembro de 2010

Homem Bala

Deixa saudades, deixa solidão,
Deixa fantasias, deixa paixão.
Deixa um mundo, parte para outro.
Deixa o rastilho, deixa a pólvora.

Acenos, lágrimas e sorrisos. Mas poucos.
O momento não é de felicidade. É de fugacidade.
A velocidade. O som. A velocidade do som.
Tudo misturado entre rostos e a atmosfera.

Disparou, saiu. O pó das emoções assenta pelo descampado.
Ninguém fica indiferente. Não percebem o porquê.
Sair assim, sem aparente nexo, directamente para o Sol.

“Um dia gostava de voltar”. Pensava ele.
“Adeus!”, gritam.
E ele cumpre a missão de se escapar.
E vai ele, o homem-bala.